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Mostrando postagens de abril, 2010

Pato Fu. De novo.

Domingo eu fui ao meu 13º show do Pato Fu. E sábado no 12º. Percebe-se que sou suspeito pra falar da banda, mas eu insisto. A banda se prepara para lançar seu décimo disco, em quase 18 anos de carreira. Até lá, continua a turnê do álbum Daqui pro futuro. Nesse final de semana fez dois grandes shows no SESC Pompeia. Nos dois dias, ingressos esgotados. A plateia dos patos é diversa, tem velhinhas e crianças, mães e filhas dos fãs que cresceram. E novos fãs, é claro. Todos os álbuns da carreira estiveram presentes no setlist – a banda já chegou num ponto em que sempre vai faltar um hit, mas não dá pra tocar 50 músicas por show. Por isso, boas surpresas como a clássica e (des)conhecida “Mamãe ama é o meu revolver” são tão bem recebidas – e cantadas a plenos pulmões – ainda que apenas por 15% da plateia. Pela primeira vez, a banda apresentou uma nova versão da música “Simplicidade”, num clima bem Belle and Sebastian . Com um conceito muito diferente do original, emocionou o

Alice, de Tim Burton

Cercado de expectativa, e com um considerável atraso em relação à estreia mundial, o filme Alice no País das Maravilhas passou a ocupar boa parte das salas de cinema do Brasil. Seguindo a tendência do mercado, o filme saiu em uma versão 3D. Mas os efeitos não impressionaram - não sei se pelo fato de eu já estar ficando acostumado com a tecnologia ou simplesmente porque não fazem muita diferença mesmo. E eu acho que é a segunda opção. Alice, de Tim Burton não é uma adaptação dos livros "As aventuras de Alice no país das maravilhas" e "Através do espelho e o que Alice encontrou por lá". É uma continuação. Dessa forma, o diretor foge de comparações com a obra original e tem uma maior liberdade de criação. Mas dessa vez não sei se isso foi bom. Tim Burton se apodera das personagens de Lewis Carroll e cria uma história diferente. Alice não é mais uma criança curiosa que se surpreende a todo instante e passa a ser uma heroína que, de acordo com uma profecia, irá salvar o

Enchendo linguiça

Esse post só existe porque tenho vergonha de ter um um texto falando sobre o Luan Santana no topo da página do meu blog.

Por quê o Brasil precisa de Luan Santana?

Até a reportagem do Fantástico desse final de semana, eu não tinha noção do tamanho do sucesso de Luan Santana. Sabia que o cantor é uma presença constante nas paradas da Billboard , tem vendido muitos discos e seus shows são sempre lotados. Mas entre o reconhecido sucesso comercial e o posto de ídolo número 1 da juventude brasileira há um abismo. Que tudo indica que Luan atravessou. No cenário da música sertaneja, dificilmente uma dupla (veja só, são sempre duplas) se mantém no topo das paradas por muito tempo. O estilo de cada grupo costuma ser sempre o mesmo a cada novo lançamento. Eles não perdem a base de fãs, mas o público precisa de novidades, e de tempos em tempos elege um novo ídolo. Nos últimos anos, o papel de queridinhos do Brasil já foi de César Menotti & Fabiano, Victor e Léo, Jorge & Mateus. E agora é de Luan Santana. No entanto, ele apareceu como uma estrela diferente, e virou ídolo adolescente – ele nasceu nos anos 90! E agora compete em popularidade

As figurinhas da Copa do Mundo

Sempre gostei muito de álbuns de figurinhas, mas sempre tive dificuldade para trocar as repetidas. Enquanto todo mundo colecionava os álbuns de futebol, eu tentava completar as coleções do Jurassic Park, Rei Leão, Changeman e Marvel Super Heroes, entre outras - ou seja - ninguém colecionava os mesmo álbuns que eu. Confesso que na última semana, pela primeira vez tive vontade de colecionar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Como é uma diversão que envolve um custo considerável, resolvi refletir um pouco e tomar uma decisão racional. E cheguei a algumas conclusões que me direcionam fortemente a não comprar o álbum. Vejam só, são 640 figurinhas. Cada uma custa R$0,15. Somadas ao preço do álbum, o gasto total chega a R$99,90 – valor mínimo, pois a probabilidade de não sair nenhuma figurinha repetida é ínfima. Sem contar que se eu quiser personalizar uma figurinha com a minha foto (no álbum tem um espaço para colá-la) vou gastar no mínimo mais R$25,60. As seleções ainda não

Move that jukebox!

Semanalmente, o Move That Jukebox , um dos melhores blogs de música do Brasil entrevista algum artista do cenário alternativo. São sempre 4 perguntas fixas, e mais uma digamos, personalizada. Cansei de esperar eles me procurarem e resolvi responder à entrevista por minha conta. Ainda tive o cuidado de incluir uma pergunta exclusiva. Good Times Bad Times – qual banda/artista sempre esteve ao seu lado, como trilha sonora de sua vida, tanto nos momentos ruins quanto nos bons? A primeira vez que me senti fã de verdade de uma banda foi com o Pato Fu, há mais de uma década. De lá pra cá, mais de uma dezena de shows, encontros com a banda e uma admiração constante. Mas a banda que mais mexe comigo é o Belle and Sebastian. E o hype? O que você tem escutado de novidade? Entre os brasileiros, vale a pena conhecer a Lulina e também a Banda Gentileza. No cenário internacional, o pop fofo de She & Him, e mais fofo ainda do The xx. Se você trabalhasse no mundo da música, o que vo

Sérgio Mallandro de volta à UFMG

Alguém se lembra da histórica festa da Vacaiada em 15 de maio de 2009? Sérgio Mallandro, ingressos esgotados e muita diversão no campinho da veterinária da UFMG. Por coincidência ou destino, o dia 15 de maio de 2010 foi reservado para mais uma festa da Vacaiada com o Sérgio Mallandro, dessa vez acompanhado pelas Mallandrinhas. Com o sucesso do evento do ano passado, a festa cresceu e dessa vez ela será realizada no sítio Sr. Segismundo, que fica na Rua do Melão, 300, na Pampulha. O flyer reproduzido a seguir traz mais informações. Não é nada menos que imperdível! Visite o site oficial: http://www.vacaiada.com.br/

O mundo ainda precisa dos Strokes?

Nas inúmeras retrospectivas da década que tivemos nesse começo de ano, os Strokes sempre estavam presentes. Is this it? , disco de estreia da banda que saiu em 2001 é um dos melhores e mais influentes a surgir nos últimos tempos. Os dois discos posteriores mantiveram a qualidade, mas não tiveram tanto impacto no mundo da música. E desde o último álbum da banda, em 2006, a Terra continuou girando normalmente. Será que o mundo ainda precisa dos Strokes? É comum encontrar bandas que ficam muitos anos sem gravar e aparecem com discos fabulosos depois do hiato. Os Strokes estão prometendo um disco para esse ano, e de acordo com o site oficial do grupo, eles estão em estúdio. Mas parece que as coisas não andam bem. Julian Casablancas já disse que está fazendo isso por dinheiro . Ele sequer está com a banda em estúdio, vai gravar sua parte separadamente. Aí está o perigo. Será que eles conseguirão fazer um bom disco apenas por obrigação? A história dos músicos mostra que eles nun

A caixa

A caixa parte de uma premissa interessante: um casal recebe uma caixa com um botão e tem 24 horas pra tomar uma decisão. Caso o botão seja apertado, uma pessoa que eles não conhecem morre e eles ganham 1 milhão de dólares. Se não apertarem, nada acontece. O tema poderia render horas e horas de conflitos éticos, mas isso se rende apenas aos primeiros minutos do filme. Depois disso, a trama parte para uma ficção científica com poucas explicações, que tenta se justificar citando Arthur C. Clarke ao dizer que “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia.”  E o filme, apesar de relativamente curto, fica muito chato. Procure outras opções no cinema. Você não precisa assistir A caixa para se divertir.