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Mostrando postagens de maio, 2010

Aerosmith – Hits e blues

Foto: Daigo Oliva/G1 O Aerosmith é daquelas bandas que já se tornaram atemporais. O público que lotou o Palestra Itália ontem, em São Paulo, era composto em sua grande maioria por pessoas que nasceram bem depois do Aerosmith começar a tocar junto. Mas os hits desfiados pela banda ao longo da apresentação mais pareciam um retrato da geração que nasceu nos anos 80 e 90. A primeira metade do show apresentou grandes sucessos como Love in Elevator, Pink, Dream On, Living on the Edge, Jaded, Crazy e Cryin' . Todas cantadas por uma plateia hipnotizada, capaz até de gritar "Lindo!" para o Steven Tyler. E tal como um time de futebol que faz a vantagem no primeiro tempo, a banda resolveu administrar o resultado. A partir daí, os músicos começaram a se divertir mais que o público. Tocando covers de blues, solos de bateria, de guitarra, de baixo, de teclado, de guitarra de novo, música cantada à capela. Com 40 anos de carreira, cada artista merece o seu momento de estrela. E n

Bonfires, de Rosie and Me

Curitiba tem aparecido com boas surpresas no rock nacional. Nos últimos meses já despontaram a Banda Gentileza, Copacabana Club e os Sabonetes. A maior promessa do indie rock nacional de 2010 também é de lá e atende pelo nome de Rosie and Me . O trio acaba de lançar o clipe de Bonfires, destaque do EP Bird and Whale.  No vídeo, um passeio de bicicleta culminando num piquenique. Clima campestre, bem folk. Clique na miniatura para assisti-lo no Youtube. No site da banda , há uma seção com o que foi publicado até agora sobre eles. Curioso notar que há mais referências estrangeiras que brasileiras. Isso não é consequência apenas do fato de cantarem em inglês. Quer dizer que a música que fazem tem potencial pra atingir o mundo inteiro! Recomendado para quem gosta de She & Him, Belle and Sebastian, Mallu Magalhães.

Brisingr, o grande RPG de Christopher Paolini

Quando Christopher Paolini começou a escrever o que seria uma trilogia iniciada por Eragon , aos 15 anos de idade, provavelmente não tinha ideia do sucesso que a série iria se tornar. Em Eldest , segundo volume da série, percebe-se uma evolução enorme do autor e história adquire um ritmo empolgante. Na série, os rumos que a trama tomam parecem muito os de uma campanha de RPG. Percebe-se a evolução natural do personagem, ele adquire novas habilidade e “pontos de experiência”. E tudo parece não caminhar para um final: é uma grande sequência de acontecimentos, muitas aventuras acontecem no decorrer da história. Ao final das 700 páginas de Brisingr , a história não termina. Paolini prometeu mais um volume para concluir o Ciclo da Herança – nome pelo qual a série passou a ser conhecida quando deixou de ser uma trilogia. Tudo indica que o autor tem um grande desfecho em mente, e caminhamos pra ele. Mas até lá, há inúmeros acontecimentos, e o leitor não consegue saber qual sua posiçã

Gregório entrevista Serginho Mallandro

Na festa da Vacaiada, organizada pelo 8º período da veterinária da UFMG, tive a oportunidade de entrevistar o astro Sérgio Mallandro. Durante os quase 4 minutos da conversa, Serginho falou sobre a Vacaiada, loucuras, de fãs, Viagra, Massacration, relembrou o Rap do Ovo e comentou sobre os planos para o futuro. Imperdível!

Keane – Night Train

O Perfect Simmetry , de 2008, trouxe uma grande mudança de sonoridade ao Keane, principalmente pela inclusão de guitarras – as melodias dos álbuns anteriores eram calcadas principalmente no piano. As novidades do álbum agradaram, e Perfect Simmetry foi um dos melhores discos do ano. Há muito sem lançar músicas inéditas, o Keane anunciou o lançamento do EP Night Train , à venda a partir de amanhã. São apenas 8 músicas, mas amenizam a espera por mais um álbum completo de estúdio. A primeira faixa, House Lights é curtinha, apenas uma introdução intrumental que só faz sentido ser ouvida quando você coloca o disco pra tocar do início ao fim. O grande diferencial são as estranhas participações especiais. O rapper K’naan participa de duas faixas: Stop for a minute , um single altamente radiofônico e Looking Back, que remete ao filme Rocky! Por mais que pareça estranho um cantor de rap num disco do Keane, a colaboração funcionou bem nas músicas. O maior destaque fica em Ishin De

Alice, o mangá

Alice no país das maravilhas já foi recontada e reinventada uma infinidade de vezes. Com o recente lançamento do filme de Tim Burton, a editora NewPOP aproveitou pra colocar nas bancas o mangá homônimo, de autoria de Sakura Kinoshita. Embora só tenha saído no Brasil agora, ele foi lançado no Japão em 2007 – o que de antemão elimina as críticas que poderiam tratá-lo como oportunista. O mangá, ao contrário das duas adaptações para o cinema da Disney,  é muito fiel ao livro. Alice segue a linha do livro de Lewis Carroll, com a mesma sequência de acontecimentos. A maior liberdade criativa da autora foi mudar o visual de Alice (roupa e cabelo) a cada capítulo. Mas as 64 páginas de quadrinhos parecem ser pouco para contar a história. Fica tudo muito resumido, e as coisas acontecem muito rápido. Talvez quem não conheça a história deixe alguns detalhes passarem em branco. Os desenhos são bonitinhos e muito agradáveis de se ver. No entanto, o traço da mangaka dá a impressão de “já vi

O iê iê iê de Arnaldo Antunes

Iê Iê Iê é o melhor e mais acessível álbum da carreira de Arnaldo Antunes. Fui conferir se o show era tão bom quanto o disco na última quinta-feira, no SESC de Taubaté. Arnaldo Antunes faz um show de rock pra quem cresceu – mas ainda assim um show de rock. “Pois ser eternamente adolescente, nada é mais demodé”, como canta na ótima Envelhecer . E um show de rock pra adultos é um show onde as pessoas cantam junto, mas prestam mais atenção na banda que nas pessoas que estão à sua volta (sem trombar em ninguém), onde seus filhos podem ir junto (mesmo que seja só porquê você não tem um lugar pra deixá-los) e onde o cantor pode descer do palco e cantar no meio da plateia sem ser despido ou agarrado. Uma surpresa pra muitos é encontrar Edgard Scandurra na guitarra. Ele é mais que um músico de apoio, e praticamente divide o show com o cantor. É daqueles guitarristas que consegue puxar os holofotes pra si e arrancar aplausos expontâneos com seus riffs e solos. Todas as músicas de I