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Mostrando postagens de 2010

Os 5 melhores filmes de 2010

Toy Story 3 Foi a grande surpresa do ano. Tradicionalmente, sequências não superam o original. Toy Story 2, por exemplo, foi mediano perto do revolucionário primeiro filme da série. A Pixar apresentou ao mundo uma bela história, feita para quem era criança na época do lançamento do Toy Story original, para as crianças de hoje e pra quem nunca deixou de ser criança. Torço para que ganhe o Oscar de melhor filme. A Origem Uma história que à primeira vista aparenta ser inverossímel é apresentada de forma tão coerente que incita reflexão. É um filme para ser revisto várias e várias vezes, e sempre redescoberto. Kick-Ass Uma crônica sobre como seriam os super-heróis, sem superpoderes, no mundo conectado à web. Baseado na HQ hiperviolenta de Mark Millar, igualmente recomendada. Tropa de Elite 2 – O inimigo agora é outro Filme brasileiro impecável, de padrão internacional. O único ponto baixo é o nome: “Tropa de Elite” entrou no título apenas por fins comerciais, uma vez que

Os 5 melhores discos internacionais de 2010

Ouvi muito mais música estrangeira nesse ano, o que implicou numa dificuldade tremenda para fechar essa lista. Belle and Sebastian e Arcade Fire, com discos impecáveis, garantiram seus lugares no dia de lançamento dos seus álbuns – as outras bandas tiveram que brigar pelas vagas na minha playlist no decorrer no ano. Belle and Sebastian – Write About Love Depois de 4 anos sem um disco de inéditas, os escoceses presentearam os fãs novos e antigos com um disco conceitualmente irregularm mas detentor das melhores canções do ano. Arcade Fire – The Suburbs Onipresente nas listas de melhores do ano, o Arcade Fire tornou seu som mais acessível e gravou uma obra-prima que daqui a 10 anos vai ser citada como um dos melhores da década. MGMT – Congratulations Menos refrões, mais experimentação. Disco conceitual pra ser ouvido da primeira à última música. She & Him – Volume Two Zooey Deschanel se destaca como a musa indie do ano e junto com Mark Ward lança o disco mais fofo dos

Os 5 melhores discos nacionais de 2010

A cada dia descubro um artista nacional diferente, e é usual me surpreenderem positivamente. Das 5 bandas aqui listadas, 2 eu sequer sabia que existiam um ano atrás. Já vi todos os músicos citados ao vivo, e recomendo. Mas antes de ir aos shows, é interessante que você conheça os 5 melhores discos nacionais de 2010! Cérebro Eletrônico – Deus e o Diabo no Liquidificador Tropicalismo, bom humor, psicodelia. Como se fosse uma versão dos Mutantes, adaptado para o século XXI. Indecente sem ser vulgar, contemporâneo sem perder a poesia. Pata de Elefante – Na cidade Trio instrumental. Sem palavras, conseguem despertar emoção no ouvinte. Música pra ouvir em casa, no carro, num piquenique - e principalmente num show ao vivo. Garotas Suecas – Escaldante Banda Pra roqueiros que sentiam falta de música pra dançar. Psicodelia e suingue setentista com uma roupagem moderna. Pato Fu – Música de brinquedo Inovador, todo gravado com instrumentos de brinquedo ou miniaturas. Não foi feito pra c

Shakira: o pop, o rock e o The xx

(ou quase isso) Não escondo que há 14 anos, a Shakira era uma das minhas cantoras favoritas. Não escondo também minha decepção desde o começo desse século, quando ela se aproximou do estilo das estrelas pop norte-americanas, começou a cantar em inglês, e abandonou as baladas pop e os rockzinhos do começo de carreira. No entanto, ao ler as primeiras críticas que saíram sobre seu lançamento mais recente, Sale El Sol , que apontavam uma volta às origens, resolvi dar uma nova chance à colombiana. Confesso, fiquei surpreso com o resultado. É o melhor disco dela em 10 anos. Se você está ligado nas rádios, provavelmente já ouviu o single Loca , e a canção tema da Copa do Mundo, Waka Waka (incluída como bônus track). E se ouviu, não percebeu difereça nenhuma em relação às músicas que Shakira gravou nos últimos anos – porque não há mesmo. A música que abre o disco, Sale El Sol , lembra as primeiras gravações da cantora, na época em que ela era legal e eu não tinha vergonha de dizer que g

A Rede Social

Os trailers do filme A Rede Social ficaram entre os melhores do ano. Perderam só para o do Lanterna Verde, mas sou suspeito pra falar de super heróis (gosto dos filmes antes mesmo de assisti-los). Com alto nível de expectativa, fui ao cinema para ver como adaptaram a história da criação do Facebook. O problema é que uma expectativa alta também pode acentuar a decepção. O filme é bom. Acima da média, mas não é excepcional. O fato de eu já ter lido bastante sobre os primórdios do Facebook serviu como um fator negativo – não havia surpresas. As personagens não tem carisma suficiente para que você se identifique. Os mocinhos são meio manés. Os anti-heróis são maus, e não é legar ser mau. O filme acaba servindo para que o público (e os usuários do Facebook) julguem o programador bilionário Mark Zuckerberg, mesmo que sua história seja apresentada de uma forma esterotipada e que a liberdade criativa do diretor não permita identifcar o que é fato e o que é invenção. Obviamente, ele é um

Os melhores discos de 2009 (em 2010)

(ou a lista de injustiçados do ano passado) Ano passado soltei duas listas: “ Os 5 melhores discos internacionais de 2009 ” e “ Os 5 melhores discos nacionais de 2009 ”. Se o ano tivesse se extendido mais um pouquinho, essas listas seriam diferentes. O motivo: dois grandes discos do ano passado que só fui conhecer esse ano. Cristalina , da pernambucana Lulina, entraria fácil na lista de melhores discos nacionais. Reunindo as principais faixas dos 9 discos caseiros da cantora com um trabalho de estúdio mais elaborado (e o som mais “cristalino”). Melodias fofas, com temas que variam de extraterrestres, número 13, hora de dormir e gírias paulistanas a relacionamentos frustados. Marcado pelo bom humor, o álbum de Lulina traz 18 faixas e serve como uma espécie de revisão da carreira da cantora que ainda está no undergroud, mas apresentou seu cartão de visitas para o mundo. Na lista de melhores discos internacionais, o The xx teria seu lugar garantido com o disco xx . As melodias silenc

O (quase) fim de Harry Potter no cinema

  Harry Potter chegou ao sétimo filme como a franquia mais lucrativa da história do cinema. Como a saga se encerrou no sétimo livro, parecia impossível extender a série um pouco mais. Então alguém teve a ideia de dividir o último filme em duas partes. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 estreou com a usual expectativa de milhares de fãs no mundo inteiro, com direito a sessões às 00:01 e mobilizações por todo o globo. A divisão da história privilegia esses fãs – que provavelmente compõe a minoria dos espectadores. São duas horas e meia para metade de um livro. Isso permitiu que inúmeros detalhes do livro pudessem ser incluídos, mas por outro lado deixou a narrativa num ritmo consideravelmente mais lento que o restante da série. Se por um lado os mais fanáticos ficam fervorosos com a riqueza de detalhes da adaptação, os espectadores casuais, que vão ao cinema apenas para aproveitar um bom filme podem sair insatisfeitos. E de repente, a história termina. Sem uma grande b

Jogos Mortais VII

Há tempos já tinha perdido a esperança de ver bons filmes na série Jogos Mortais. Tanto é que desisti de acompanhar os filmes e nem vi o sexto episódio. No entanto, o sétimo filme da saga parecia contar com novas premissas interessantes, e achei que valia a pena dar o braço a torcer. Anunciaram que o filme teria os tais jogos em ambientes públicos e seria lançado em 3D. Mas isso acabou só aumentando o tamanho da decepção. As mortes em público acontecem só na primeira cena, que praticamente não tem relação com o resto do filme. E o 3D é dos mais picaretas – se resume a algumas tripinhas e gotículas de sangue voando na tela. Me recuso a falar da história. Os roteiristas já tinham perdido a mão 3 filmes atrás e Jogos Mortais VII não melhorou sua situação. Ano que vem tem mais. Você ainda tem esperança de que o próximo filme seja bom? Eu não. Mas algo me diz que eventualmente eu vou acabar pagando pra ver essa porcaria mais uma vez…

Multishow ao Vivo Skank no Mineirão

Skank no Mineirão é o terceiro DVD ao vivo lançado pela banda mineira nos seus quase 20 anos de carreira, mas o primeiro deles gravado em Belo Horizonte, cidade de origem da banda. Lançado sob o selo Multishow ao vivo, está disponível num CD duplo, DVD e em breve será o primeiro Blu-ray de rock brasileiro a chegar ao mercado. Como uma espécie de revisão da carreira, o disco duplo passa por todas as fases dos mineiros. Hoje não existe no Brasil uma banda em atividade com tantos hits acumulados ao longo dos anos. Entre as 27 regravações do álbum, não há música que não tenha tocado nas rádios e seja amplamente conhecida pelo público. Ainda assim, muitas canções importantes na carreira da banda ficaram de fora. Muito disso se deve ao fato de parte do repertório ter sido escolhido por uma enquete no site oficial do grupo. Mas o repertório é o que menos importa. A gravação tem clima de festa, celebração, homenagem. Percebe-se os músicos em plena sintonia com seus instrumentos e um vocal di

Scott Pilgrim Contra o Mundo

Scott Pilgrim não é um filme pra você. Ou talvez seja, mas a probabilidade é muito pequena. O que posso afirmar com tranquilidade é que se você fizer parte do reduzido público alvo do longa-metragem, vai sair do cinema com a sensação de ter visto um dos melhores filmes de todos os tempos. Mas ver o filme no cinema pode ser uma tarefa difícil. Fracasso de bilheteria em todos os países que estreiou (exceto Trinidad e Tobago), Scott Pilgrim Contra o Mundo por pouco não ficou de fora dos cinemas brasileiros. A estreia foi adiada diversas vezes e na última sexta-feira o filme passou a ser reproduzida em apenas 4 cinemas da capital paulista. Baseado na série em quadrinhos escrita por Bryan Lee O’Malley, o filme conta a história de um nerd canadense que toca em banda que se apaixona pela americana Ramona Victoria Flowers, que muda a cor do cabelo a cada semana e meia. Basicamente, para ficar ao lado de Ramona, Pilgrim deve derrotar os 7 ex-namorados do mal da garota. O que se tem é uma su

Gontijo tenta enganar o consumidor

Hoje aconteceu uma situação em que fui tão desrespeitado que resolvi contar isso para o resto do mundo para tentar evitar que isso aconteça com outras pessoas no futuro. Fui comprar uma passagem no guichê da Empresa Gontijo de Transportes, em São José dos Campos, e o balconista me informou que o preço era R$81,20. Entreguei R$82,00, recebi a passagem e aguardei meu troco. Enquanto o troco não vinha, vi um papel grampeado junto à passagem, e questionei: - O que é isso? - É o seguro. - Mas aqui está escrito que é facultativo. - É facultativo sim, mas eu já incluí o preço dele quando falei o preço da passagem. Eventualmente eu poderia adquirir o seguro, mas da maneira que ele foi “oferecido” seria um absurdo aceitá-lo. Eu já estava sem troco, e ainda tentaram me empurrar um seguro opcional! O balconista me devolveu R$3,00, que era o preço do tal seguro. Fazendo as contas: 82,00 – 3,00 = 79,00. Olhei a passagem e o custo era de R$76,19. Troco errado, falta de atenção ou simplesme

Atividade Paranormal 2

Eu vivi o fenômeno “A Bruxa de Blair” em 1999. No auge da minha 8ª série, saí aterrorizado do cinema, depois de um filme caseiro que contou com uma campanha maciça na internet. Dez Onze anos depois, Atividade Paranormal se tornou a grande surpresa um sucesso do cinema em 2009 2010, com méritos parecidos. Orçamento de poucos milhares milhões de dólares e lucro de centenas dezenas de milhões, insinuações de ameaças (que não aparecem), filmagem tremida e de baixa qualidade, caseira, e com justificativa para isso. O filme começa interessante, até pelo conceito em que foi criado. Mas lá pela metade, a impressão é de que a história não vai dar em nada. Até que começam algumas sequências que tiram berros da plateia. Daniel Myrick e Eduardo Sánchez Tod Williams, diretor es do filme, conseguiram conseguiu criar um filme tenso e assustador, sem a necessidade de uma trilha sonora forçada e barulhos sem sentido. Acho que o filme ainda serviu como estímulo para aspirantes a cineastas. Eu

Os 30 anos do Menino Maluquinho

Foi uma surpresa agradável abrir a página inicial do Google e encontrar um homenagem ao 30º aniversário do Menino Maluquinho. O livro, mais velho que eu, talvez tenha sido o que mais li em minha vida. Me lembro de locá-lo na biblioteca diversas vezes, e cada releitura era sempre uma nova descoberta. Também acompanhei os quadrinhos da personagem, que já foram muito populares tempos atrás. Na última bienal do livro de São Paulo, tive a oportunidade de conhecer o Ziraldo. Enfrentei quase uma hora de fila pra tirar uma foto e conseguir um autógrafo num livro. Foi um encontro estranho. Ziraldo estranhou o fato de um livro infantil ser dedicado a mim, com cara de velho barbado (embora estivesse usando uma camisa do Charlie Brown). - Ziraldo, eu cresci lendo seus livros! Ele riu, fez um desenho e escreveu “Viva o Gregório!” Viva o Gregório que nada… Viva o Ziraldo!

Resident Evil 4

Adaptações de videogames para o cinema tem tudo pra dar errado, e normalmente é isso que acontece. Resident Evil é uma exceção. Depois de uma trilogia de relativo sucesso, chegou a hora da série entrar na tecnologia 3D. A tecnologia, é o principal atrativo do filme. Pela primeira vez desde Avatar, foi lançado um filme que vale a pena pagar mais para ver em 3D. O enredo é meio chinfrim, mas não importa. O filme serve mais como uma tarde de entretenimento cheia de ação e zumbis. Muitos zumbis. A história foge da trama do jogo, mas isso não é novidade na franquia. Talvez seja esse um dos motivos do sucesso. Restam poucos cinemas passando o longa-metragem. Se não assistiu, corra. Resident Evil é um espetáculo visual em 3D e fora dos cinemas não terá o mesmo impacto. E se você perder talvez nunca mais tenha a oportunidade de vê-lo…

SWU Music + Arts Festival

Itu foi tomada pelo festival Starts With You (SWU) no últimos dias. A cidade é conhecida por ter coisas grandes, e o SWU foi assim. Preço grande, filas grandes, problemas enormes de infraestrutura, longas caminhadas. E algumas das maiores bandas do Brasil e do mundo – o que fez o festival ter valido a pena. Benvindo ao SWU O primeiro dia teve como atração principal o Rage Against The Machine. Para uns 70% do público, mas não pra mim. Tartarugas da mostra de arte sustentável The Apples In Stereo tocaram no palco de bandas novas (apesar de seus quase 20 anos de carreira) tiveram a ingrata incumbência de disputar o público com Os Mutantes e Los Hermanos, duas das minhas bandas preferidas. Ainda assim, optei pela apresentação dos norte-americanos – que foi a melhor da noite. The Apples In Stereo Vi só o comecinho d’Os Mutantes e o final do Los Hermanos. Mas foi o suficiente pra constatar que o grupo de Sérgio Dias perdeu muito com a saída de Arnaldo e Zélia Duncan e confirmar que os

Meu último dia das crianças

12 de outubro era uma data sempre aguardada, uma oportunidade de ganhar um presente entre meu aniversário e o Natal. Quando fiz 12 anos, minha mãe disse que eu não era mais criança e por isso não ganharia mais presentes nessa data. Eu duvidei. Até que chegou  dia das crianças e realmente não ganhei nada. Foi o dia em que virei um adolescente. Anos depois, passei a ser um adulto. No entanto, até hoje minhas visitas às lojas de brinquedo me deixam com vontade de comprar tudo pra mim… Quem sabe eu não me dou um presente hoje?

O Hurley do Weezer

Essa imagem ao lado não é uma simples foto do ator Hugo Reyes, o Hurley da série Lost. É a capa do disco mais recente do Weezer, que leva o nome da personagem. Desde 2008, a banda lança um álbum por ano. Mas parece que a maioria dos fãs continua esperando o Weezer do século passado, que gravou o clássico Pinkerton . Eu não. Gosto de ver as bandas evoluindo, trazendo novas sonoridades ao seu trabalho e gravando canções diferentes. Mas embora o Weezer faça muitas experimentações em cada disco, as melhores canções acabam sendo as que mais se assemelham ao som do início de carreira. Ainda assim, costumam ser discos muito bons. Não entram na lista de melhores do ano, mas divertem por um instante. Repleto de guitarras distorcidas, bateria marcante e melodias assobiáveis, Hurley é uma pequena festa, boa do início ao fim, mas dá uma amnésia no dia seguinte. A aproximação do mundo nerd pop não para em Lost. Michael Cera (Superbad, Juno, Scot Pilgrim) participa de uma canção. O primeiro

Para ler antes das eleições: Mafalda

Não quero mudar seu voto, independentemente dos candidatos em que você vai votar. Na verdade eu posso até querer… Mas o objetivo do texto não é esse. A dois dias das eleições, o que quero é sugerir uma leitura que pode ajudá-lo a refletir sobre as escolhas que faremos para o nosso país. Trata-se do livro Toda Mafalda , do argentino Quino. Mafalda é uma personagem de tiras em quadrinhos que foi publicada de 1964 a 1973. Apesar de seus quase 40 anos, é muito atual. As histórias de Mafalda discutem democracia, capitalismo, e o quanto o “mundo dos adultos” não faz sentido. É como se fosse um Calvin politizado, com uma turma de amigos estranhos como o Charlie Brown. O que torna Mafalda ainda mais interessante para os brasileiros é o fato da personagem ser argentina. Rivalidades bestas entre países à parte, temos em comum o fato de sermos países em desenvolvimento (desde aquela época). Por meio dessa identificação com o leitor, é possível que a pequena Mafalda incite reflexões sobre

Lilica Lane

(ou quando Smallville encontrou Tiny Toon) Será que eu sou o único a achar que a Lois Lane do seriado Smallville teve traços de personalidade baseados na Lilica, de Tiny Toon? São mulheres feministas, tagarelas, com opiniões fortes e que se impõe, têm autoconfiança em excesso, acham que são invencíveis e formam um casal com o mocinho que se veste de azul e vermelho.

A irresistível Lisztomania

O Phoenix é uma banda francesa que surgiu no fim dos anos 90, mas só recentemente passou a ser conhecida no lado de cá do Oceano Atlântico. Isso graças ao álbum Wolfgang Amadeus Phoenix , puxado pelo hit Lisztomania. Embora traga referências a Mozart e Liszt, o Phoenix nada tem de música clássica. Na verdade, ele se enquadra nas tendências dançantes do indie rock do século 21. E agora a canção Lisztomania virou um desses hits do Youtube. Tudo começou quando o diretor de cinema John Hughes faleceu. Um grupo de americanos montou um clipe dessa música, como homenagem ao diretor, usando imagens do filme “O Clube dos Cinco”. Ficou divertidíssimo, e o resultado pode ser visto AQUI . Mas a história começou a ficar interessante quando um grupo de cariocas resolveu refilmar essas cenas e fazer seu próprio vídeo de Lisztomania. Como o que é bom na internet costuma ser copiado, teve início o fenômeno de Lisztomaniação do mundo. E fãs de diversas partes do mundo passaram a produzir suas ver

Soberano: Seis vezes São Paulo

São Paulo, o soberano. O documentário que narra os 6 campeonatos brasileiros que o São Paulo conquistou estreou em 50 salas, a maioria no estado de São Paulo, naturalmente. O único cinema de Minas Gerais a reproduzir a produção fica em Poços de Caldas. O objetivo do longa-metragem não é mostrar como foram as conquistas do time, e sim o que elas representam para os são-paulinos. Não há um narrador. A história é contada por meio de reproduções de gravações de TV, depoimentos de torcedores e jogadores. O que se vê é uma sucessão de histórias que mostram como o futebol é importante para determinadas pessoas. Há a garota que trocou o velório do avô por um clássico no Morumbi, o fanático que preferiu a final do campeonato à lua-de-mel com sua esposa, mas também histórias bonitas como o garoto que viu a superação do time como um exemplo que o ajudou a combater um câncer. Outro destaque é a relação entre pais e filhos, e o futebol como um meio de aproximação. Pais que escolhem o time para

Trilogia Millennium, de Stieg Larrson

Na primeira vez que vi a trilogia Millennium numa livraria, não me interessei. As capas eram feias, e o nome, horrível. “Millennium” pra mim eram os produtos com pinta de hi-tech que eram vendidos antes da virada do milênio. Os livros também eram caros, e assim fiquei longe da série por um bom tempo. Mas eis que a Companhia das Letras resolve relançar a coleção escrita pelo sueco Stieg Larrson com novas capas (essas bonitonas aí em cima) em uma “edição econômica”. E numa dessas promoções da Americanas.com resolvi arriscar e comprei a coleção completa. E que surpresa agradável foi ler a série. As duas personagens centrais são o jornalista Mikael Blomkvist, da revista Millennium, e a misteriosa hacker Lisbeth Salander, duas figuras politicamente incorretas, mas com alto nível de carisma. O leitor acaba aprovando as ações dos dois, por mais transgressoras que sejam. A narrativa é ágil, com reviravoltas sem exageros. A trama envolvente, convincente e cativante. Cada livro possui uma