Tem coisas que não devem ser divididas com milhões de pessoas. Ao publicar um conteúdo de maneira pública na internet, é grande a possibilidade de que apenas uns 30 amigos e uns outros 5 conhecidos tenham acesso ao material, e depois disso ele se perca no ciberespaço. Por outro lado, o seu material pode virar um fenômeno de audiência e as consequências disso podem ser tão boas quanto destrutivas.
A bola da vez é o garoto Max, de doze anos, e sua música "Carioca Girls". Em um vídeo bem produzido e editado, Max canta sua versão da música California Girls, de Katy Perry, mas com uma letra que eu tenho vergonha de reproduzir e ficaria decepcionado se tivesse um filho que a cantasse.
A letra é uma homenagem às garotas de biquini das praias cariocas. Pior que a futilidade disso tudo, é ouvir as palavras saírem da boca de um garoto de doze anos com pose de mini-adulto.
Ao disponibilizar o vídeo na rede mundial (com um empurrãozinho do Não Salvo), Max ficou completamente exposto a todo tipo de crítica - tão vazias e sem conteúdo como sua música. Se o vídeo ficasse só entre a família e o círculo de amigos do ~cantor~, tudo ficaria bem. Só que agora ele provavelmente será alvo de gozações por uns bons anos.
O caso é parecido com o de Nissim Ourfali, que teve um vídeo produzido para o seu Bar Mitzvah e também caiu na rede. O clipe foi divulgado pela própria família que, ao perceber a besteira que fez, retirou o vídeo do ar. Tarde demais, é verdade. O compartilhamento foi intenso, e diversas cópias são encontradas na web.
Há muito em comum entre os dois vídeos. Em primeiro lugar, a superexposição de uma criança. O segundo ponto é a ingenuidade de achar que algo que é legal para um grupo pequeno, ou uma família, também vai ser bem recebido pelo resto da humanidade. O por último, é que os vídeos geram uma sensação enorme de vergonha alheia. Certamente Max e Nissim lembrarão deles no futuro com um misto de alegria e vergonha pelos seus quinze minutos de fama.
São casos como esses nos fazem refletir. Será que queremos ser lembrados por tudo aquilo que colocamos na internet? Será que daqui a alguns anos eu terei vergonha deste texto e vai ser tarde demais para apagá-lo?
A bola da vez é o garoto Max, de doze anos, e sua música "Carioca Girls". Em um vídeo bem produzido e editado, Max canta sua versão da música California Girls, de Katy Perry, mas com uma letra que eu tenho vergonha de reproduzir e ficaria decepcionado se tivesse um filho que a cantasse.
A letra é uma homenagem às garotas de biquini das praias cariocas. Pior que a futilidade disso tudo, é ouvir as palavras saírem da boca de um garoto de doze anos com pose de mini-adulto.
Ao disponibilizar o vídeo na rede mundial (com um empurrãozinho do Não Salvo), Max ficou completamente exposto a todo tipo de crítica - tão vazias e sem conteúdo como sua música. Se o vídeo ficasse só entre a família e o círculo de amigos do ~cantor~, tudo ficaria bem. Só que agora ele provavelmente será alvo de gozações por uns bons anos.
O caso é parecido com o de Nissim Ourfali, que teve um vídeo produzido para o seu Bar Mitzvah e também caiu na rede. O clipe foi divulgado pela própria família que, ao perceber a besteira que fez, retirou o vídeo do ar. Tarde demais, é verdade. O compartilhamento foi intenso, e diversas cópias são encontradas na web.
Há muito em comum entre os dois vídeos. Em primeiro lugar, a superexposição de uma criança. O segundo ponto é a ingenuidade de achar que algo que é legal para um grupo pequeno, ou uma família, também vai ser bem recebido pelo resto da humanidade. O por último, é que os vídeos geram uma sensação enorme de vergonha alheia. Certamente Max e Nissim lembrarão deles no futuro com um misto de alegria e vergonha pelos seus quinze minutos de fama.
São casos como esses nos fazem refletir. Será que queremos ser lembrados por tudo aquilo que colocamos na internet? Será que daqui a alguns anos eu terei vergonha deste texto e vai ser tarde demais para apagá-lo?
bigdatabrasil.net
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