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Como o frio pode te ajudar a perder peso

(ou "O inverno está chegando")


É difícil para um brasileiro viajar para os Estados Unidos e não engordar. Não estamos acostumados às porções tão grandes, aos doces deliciosos e ao refrigerante ~pequeno~ que tem 700 mL. Certa vez, numa viagem de menos de uma semana tive até que mudar o buraco do cinto que utilizava.

Só que mês passado foi diferente. Em oito dias perdi quase 3 quilos. Não passei fome, não comi mal. Pensei em duas explicações plausíveis: andei bastante, e estava muito frio (de -2º a 4º, em média). Cheguei a pegar uma nevasca de 40 cm.

No frio, meu organismo acabava exigindo mais energia, e acabei perdendo boa parte da minha gordura (que, por sinal, já estava me incomodando).

Sempre leio a revista Wired, que costuma ditar tendências tecnológicas. E na edição de fevereiro, foi publicada uma matéria intitulada "The Shiver System" (ou "O Sistema do Calafrio", numa tradução livre). Ao longo de sete páginas, o autor Steven Leckart detalha experimentos de pessoas que estão utilizando o poder do frio para perderem peso.

Entre as principais dicas para potencializar sua perda de peso estão:
  • Beber muita água pela manhã (ele cita um galão, que é equivalente a quase quatro litros);
  • Dormir sem lençóis e cobertores;
  • Tomar banho com água morna durante 20 minutos (morna não significa fria!);
  • Fazer longas caminhadas no frio.

A explicação para a perda de peso está na gordura BAT (Brown Adipose Tissue, ou tecido adiposo marrom, numa tradução livre sem embasamento médico) que são células que se queimam para produzir calor.

É importante ressaltar que esse tipo de dieta não tem embasamento científico (a Academia apenas começou a pesquisá-lo) e os resultados obtidos são experimentais. Por ser algo novo, eventuais consequências também não são conhecidas.

Creio que isso funcione muito bem nos países frios. No Brasil, que faz calor até no inverno, fica difícil ter que esperar a temperatura baixar para poder emagrecer. De qualquer forma, o inverno está chegando e se nada der certo, você pode programar suas férias para a Islândia.

A reportagem completa está disponível no site da Wired.

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