Dia desses recebi um e-mail que, em um primeiro momento, me deixou muito feliz.
"Fala Gregório, mais uma...
Vc topa fazer uma entrevista com foto de uma página para a Revista Borigodofa*? Eles te consideram o "Homem do Ano de 2013" e queriam fazer esta matéria para a revista. Eles tem até o dia 07/11 (quinta) para isso.
A questão é arrumar tempo para isso tudo… (risos)
Abs,
Onofre*"
Uau! Eu, o homem do ano! Só que aí fui olhar o restante da mensagem encaminhada...
"Oi, Onofre, tudo bem?
Como nos falamos, gostaríamos de convidar o Gregório Duvivier para o abre da nossa seção de cultura. Vamos chamar a entrevista por ele ter sido o ‘homem do ano’ em 2013. Para isso, preciso de uma foto dele, que podemos marcar onde ele quiser e demora uns 30 min, é um retrato simples. A entrevista é curtinha, ou seja, podemos fazer por telefone.
Meu deadline é dia 7/11. Você acha que ele consegue? Queremos muito fazer com ele.
Ah, estou te mandando alguns exemplos de entrevistas que já fizemos em outras edições.
Você me dá um retorno o quanto antes?
Bjs,
Zefirina"
Tava bom demais pra ser verdade. Eu acredito no meu potencial pra ser o homem do ano, mas ainda tá cedo pra humanidade reconhecer isso. Eu era o Gregório errado.
Pensei então na oportunidade que tinha nas mãos: eu podia dar uma entrevista por telefone falando todo tipo de asneira, ou mesmo mencionando que eles deveriam conhecer meu xará, um tal de Gregório Fonseca. Poderia trollar a imprensa.
Mas meus pensamentos malévolos duraram pouco. E respondi a mensagem.
"Oi Onofre!
Gostaria muito de dar a entrevista e fazer uma foto de página inteira, mas acho que eu não sou o Gregório que vocês estão precisando...
Abraço,
Gregório de Almeida Fonseca"
E assim terminou a história de minha quase entrevista de homem do ano.
Quem sabe isso não vira um roteiro da Porta dos Fundos? Seria o primeiro vídeo da história com dois Gregórios! Ou será que não?
*Os nomes foram trocados por não agregarem valor
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