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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Meu primeiro LP (e K7, VHS, CD…)

Meu primeiro LP foi do Bozo. Lembro que o refrão do principal hit do disco era “Chuveiro, chuveiro, não faz assim comigo. Chuveiro, chuveiro, não molha o meu amigo” . A minha primeira fita K7 também foi marcante. Era do grupo Polegar e não sei se eu deveria ter vergonha desse meu passado musical obscuro. Fato é que eu ouvi bastante esse álbum e até cantava as músicas nas festas de família. “Meu amigo Mickey” foi meu primeiro VHS. Era a opção que eu tinha quando não estava no horário de Jaspion ou Changeman. E eu nunca me cansava. O meu primeiro CD foi uma coisa meio emblemática. Juntei minhas economias durante um tempo pra poder comprar o disco da Natalie Imbruglia. Talvez seja o álbum que mais ouvi na minha vida, pois por um bom tempo ele foi o único que eu tinha. Até hoje gosto de apreciá-lo. Quando o Pato Fu lançou seu primeiro DVD, o MTV ao Vivo, não pude deixar de comprá-lo. Acontece que eu não tinha dvd player na época. A solução: assistir na casa de um amigo, faze

O (velho) velho oeste

Nunca tinha assistido um filme antigo de velho oeste. Até hoje. Resolvi apreciar o filme Keoma, da coleção de DVDs do meu pai. É um longa-metragem de faroeste italiano de 1976, dirigido por Enzo G. Castelarri e estrelado por uma espécie de Chuck Norris malvadão chamado Franco Nero. Há tempos não assistia um filme onde não é possivel acompanhar a trajetória da bala após um tiro. Nessas horas a gente percebe o quanto Matrix influenciou o cinema… Todas as personagens de Keoma, independentemente de idade, sexo e cor, têm cara de mau o tempo todo. E são feios, sujos. Já disse que são maus? Além da maldade, não tem carisma. A narrativa é lenta, e a quase ausência de trilha sonora deixa o filme um pouco tedioso. Na metade do filme não estava me segurando no sofá. Foi bom assistir apenas pelo valor histórico, e pra descobrir como eram os famosos filmes de faroeste de antigamente. Mas tenho minhas dúvidas se faria sucesso nos dias de hoje.

Os 5 melhores discos de 2010

Adoro fazer listas de “melhores qualquer coisa”. Esse ano promete no campo musical, então resolvi me adiantar a fazer a lista de melhores discos de 2010. Detalhe: nenhum deles ainda foi gravado. Pato Fu A melhor banda nacional em atividade costuma surpreender. Nenhum dos discos da carreira parece com um trabalho anterior da banda, mas o resultado costuma ser sempre sensacional. Depois de 2 discos solo de Fernanda Takai, chegou a hora dos holofotes voltarem para a banda. The Strokes Já foram considerados a salvação do rock, mas não se tornaram a maior banda da década. Entretanto, influenciaram dezenas de outros grupos nos últimos anos. Há muito tempo sem lançar nada de novo e com cada um de seus integrantes envolvido em outro trabalho, a expectativa sobre o disco dos Strokes prometida para 2010 é alta. Eles podem salvar o rock ou enterrá-lo de vez. Radiohead Já viu o Radiohead errar? Eu também não. Até os discos mais difíceis como Amnesiac se tornam obras-primas com o tem

Germano Soraggi e os Beatles

Começou a circular na internet essa semana o novo e divertido clipe de Germano Soraggi, da música When I Look Into Your Eyes . Pra quem não sabe, Germano é um cantor de rock de Araxá, MG que já tem mais de 15 anos de carreira e 4 discos lançados. Mas a música do clipe é inédita, e não está em nenhum dos discos gravados. Composta em parceria com Bráulio Carvalho (compositor versátil, responsável pelo sucesso nacional “Nóis não vive sem muié” (!!)), When I Look … emula o início de carreira dos Beatles, época de canções despretenciosas e dançantes falando de amor de uma forma simples, mas sincera. A canção pode ter sua sonoridade escancaradamente influenciada pelo quarteto de Liverpool, mas nada mais é que uma grande homenagem à maior banda de todos os tempos. Aliás, esse parece ser o objetivo do clipe. A figura de Germano Soraggi se mescla às imagens dos Beatles, e em determinados momentos a leitura labial nos leva a crer que o Fab Four realmente está cantando a música. Ao f

A TV já era

(ou como Lost mudou o meu modo de ver TV – e o do resto do mundo) Como fã de Lost, estava aguardando ansiosamente o começo da sexta e última temporada do seriado. Mas dessa vez, o canal AXN resolveu passar a série no Brasil com apenas uma semana de atraso em relação aos Estados Unidos. Pela primeira vez, decidi assistir a um episódio em sua estreia na TV. E descobri que eu não sei mais assistir televisão. Pra começar, é muito chato ter que esperar a hora do programa começar, e parar tudo que você está fazendo para assisti-lo. Os intervalos quebram completamente o clima. E se você recebe alguma ligação, ou seus amigos querem conversar, a TV não te espera. Exatamente como foi na maior parte da minha vida. Hoje em dia, a maior parte do meu tempo em que estou assistindo algum vídeo, se não for DVD é algum streaming ou download . A maior vantagem de todas: poder escolher a hora de assistir – o que inclui eventuais pausas. É muito mais cômodo e agradável. As emissoras já perceber

Lula do Brasil

(ou como vender para as pessoas um livro que elas não querem comprar) Passeando por uma livraria, vi o livro “Lula do Brasil”, cuja capa está reproduzida ao lado, e a primeira coisa que pensei foi que era o livro em que o filme biográfico do presidente foi baseado. Logo percebi que não era, pelo número de páginas (eu sabia que o livro era curto), e tive certeza quando li o nome do autor. Richard Bourne? Eu tinha certeza que o filme foi baseado num livro de Denise Paraná!   E eu estava certo. O livro que eu tinha em mãos era completamente diferente. Ao lado, está o livro “A história de Lula, o filho do Brasil” com a capa do filme. Reparem em como as capas são semelhantes, até a fonte usada no título principal é a mesma. Obviamente, trata-se de uma estratégia dos responsáveis pelo lançamento no Brasil para enganar o leitor, e fazê-lo comprar um livro diferente do que ele pretendia. Não quero questionar a qualidade de nenhuma das duas obras, até porque não as li. O ideal

Cranberries em BH

Carregando a bandeira de Minas Gerais, Dolores O’Riordan entrou no palco do Chevrolet Hall e foi ovacionada pela plateia. O começo da de How , primeira música da noite, mal pode ser ouvido, tamanha a histeria do público. Animal Instinct e Linger deram sequência à apresentação – deixando os presentes já em êxtase. A banda, muito competente, reproduziu cada timbre, cada solo, cada trecho das músicas exatamente como nas gravações de estúdio. Mas a impressão é que eles eram apenas um cenário em total contraste com a presença de público da vocalista O’Riordan. Parece que ela faz com que cada pessoa que está no show se sinta especial, e não apenas mais um na multidão. Os principais hits estiveram presentes. Free To Decide, Zombie, Salvation, Promises, Ridiculous Thoughts . Aliás, pelas circunstâncias do show era isso que se esperava. Sem lançar um disco de músicas inéditas desde 2001, e sem tocar juntos desde 2003, nada mais natural para um show de reencontro da banda que tocar suas