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Mostrando postagens de setembro, 2010

Lilica Lane

(ou quando Smallville encontrou Tiny Toon) Será que eu sou o único a achar que a Lois Lane do seriado Smallville teve traços de personalidade baseados na Lilica, de Tiny Toon? São mulheres feministas, tagarelas, com opiniões fortes e que se impõe, têm autoconfiança em excesso, acham que são invencíveis e formam um casal com o mocinho que se veste de azul e vermelho.

A irresistível Lisztomania

O Phoenix é uma banda francesa que surgiu no fim dos anos 90, mas só recentemente passou a ser conhecida no lado de cá do Oceano Atlântico. Isso graças ao álbum Wolfgang Amadeus Phoenix , puxado pelo hit Lisztomania. Embora traga referências a Mozart e Liszt, o Phoenix nada tem de música clássica. Na verdade, ele se enquadra nas tendências dançantes do indie rock do século 21. E agora a canção Lisztomania virou um desses hits do Youtube. Tudo começou quando o diretor de cinema John Hughes faleceu. Um grupo de americanos montou um clipe dessa música, como homenagem ao diretor, usando imagens do filme “O Clube dos Cinco”. Ficou divertidíssimo, e o resultado pode ser visto AQUI . Mas a história começou a ficar interessante quando um grupo de cariocas resolveu refilmar essas cenas e fazer seu próprio vídeo de Lisztomania. Como o que é bom na internet costuma ser copiado, teve início o fenômeno de Lisztomaniação do mundo. E fãs de diversas partes do mundo passaram a produzir suas ver

Soberano: Seis vezes São Paulo

São Paulo, o soberano. O documentário que narra os 6 campeonatos brasileiros que o São Paulo conquistou estreou em 50 salas, a maioria no estado de São Paulo, naturalmente. O único cinema de Minas Gerais a reproduzir a produção fica em Poços de Caldas. O objetivo do longa-metragem não é mostrar como foram as conquistas do time, e sim o que elas representam para os são-paulinos. Não há um narrador. A história é contada por meio de reproduções de gravações de TV, depoimentos de torcedores e jogadores. O que se vê é uma sucessão de histórias que mostram como o futebol é importante para determinadas pessoas. Há a garota que trocou o velório do avô por um clássico no Morumbi, o fanático que preferiu a final do campeonato à lua-de-mel com sua esposa, mas também histórias bonitas como o garoto que viu a superação do time como um exemplo que o ajudou a combater um câncer. Outro destaque é a relação entre pais e filhos, e o futebol como um meio de aproximação. Pais que escolhem o time para

Trilogia Millennium, de Stieg Larrson

Na primeira vez que vi a trilogia Millennium numa livraria, não me interessei. As capas eram feias, e o nome, horrível. “Millennium” pra mim eram os produtos com pinta de hi-tech que eram vendidos antes da virada do milênio. Os livros também eram caros, e assim fiquei longe da série por um bom tempo. Mas eis que a Companhia das Letras resolve relançar a coleção escrita pelo sueco Stieg Larrson com novas capas (essas bonitonas aí em cima) em uma “edição econômica”. E numa dessas promoções da Americanas.com resolvi arriscar e comprei a coleção completa. E que surpresa agradável foi ler a série. As duas personagens centrais são o jornalista Mikael Blomkvist, da revista Millennium, e a misteriosa hacker Lisbeth Salander, duas figuras politicamente incorretas, mas com alto nível de carisma. O leitor acaba aprovando as ações dos dois, por mais transgressoras que sejam. A narrativa é ágil, com reviravoltas sem exageros. A trama envolvente, convincente e cativante. Cada livro possui uma

Eu sou Ozzy

Nunca fui fã do Ozzy Osbourne. Mas fiquei com muita vontade de ler a biografia do metaleiro mais famoso (e pop) do mundo. Matei a vontade. Biografias costumam ser interessantes quando inspiram você a seguir os passos da pessoa que está sendo retratada. Um biografado costuma ser um exemplo. Mas Ozzy não é assim. A não ser que encaremos tudo como a história de um garoro pobre, sem estudos que ganhou reconhecimento mundial e muito dinheiro. O sonho americano. Mas a impressão que dá é que tudo aconteceu por um misto de talento inato e muita sorte. Ozzy é bom no que faz. Sempre esteve acompanhado por pessoas que se preocupavam com ele e que trabalhavam para seu sucesso. Com uma grande equipe, suas maiores preocupações eram quais drogas iria tomar e com quantas groupies ia se relacionar. Não é uma história bonita. Há várias situações engraçadas, um humor politicamente incorreto. Mas também é uma história chocante, bizarra e por muitas vezes escatalógica. Ele arrancou a cabeça de um mo