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Soberano: Seis vezes São Paulo

São Paulo SoberanoSão Paulo, o soberano. O documentário que narra os 6 campeonatos brasileiros que o São Paulo conquistou estreou em 50 salas, a maioria no estado de São Paulo, naturalmente. O único cinema de Minas Gerais a reproduzir a produção fica em Poços de Caldas.

O objetivo do longa-metragem não é mostrar como foram as conquistas do time, e sim o que elas representam para os são-paulinos.

Não há um narrador. A história é contada por meio de reproduções de gravações de TV, depoimentos de torcedores e jogadores.

O que se vê é uma sucessão de histórias que mostram como o futebol é importante para determinadas pessoas. Há a garota que trocou o velório do avô por um clássico no Morumbi, o fanático que preferiu a final do campeonato à lua-de-mel com sua esposa, mas também histórias bonitas como o garoto que viu a superação do time como um exemplo que o ajudou a combater um câncer.

Outro destaque é a relação entre pais e filhos, e o futebol como um meio de aproximação. Pais que escolhem o time para os filhos, e filhos que torcem para o São Paulo mesmo com pais corinthianos, palmeirenses e santistas. Curioso que a maior parte dos espectadores no cinema eram pais acompanhados de seus filhos. Um processo de “evangelização” que começa desde cedo.

Mas me assusta o quanto as pessoas levam a sério o futebol. Eu gosto, torço, mas não consigo colocar o esporte em um lugar de tanto destaque na minha vida. Nem quero.

Soberano é um filme para fanáticos, que consegue arrancar lágrimas dos marmanjos mais apaixonados. Para o torcedor comum, são apenas 90 minutos em que você relembra bons momentos e fica se procurando no meio da torcida só pra ter o gostinho de falar que apareceu no filme.

P.S.: A única cena com um corinthiano é provalmente o momento mais engraçado do filme. Obviamente, não vou contar qual é para não estragar a surpresa.

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