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Mostrando postagens de novembro, 2009

Os fantasmas de Scrooge

Um Conto de Natal , de Charles Dickens, é uma história que atravessa gerações desde 1843, com diversas adaptações e versões. A geração que nasceu nos anos 80 (a minha) conhecia bem a versão O Conto de Natal do Mickey. As crianças de hoje agora tem a oportunidade de conhecer mais uma adaptação da Disney, dessa vez uma animação feita por Robert Zemeckis. Ou não. Porquê o filme parece ser sombrio demais para os pimpolhos. No cinema, ouvi frases como “Mãe, me arrependi de ter vindo ver esse filme” ou “Eu preferia ver o Planeta 51”. Então, esqueçam as crianças. O filme é ótimo para quem tem mais de 10 anos. A história já é conhecida pela maioria do público o que faz com que o filme não tenha surpresas. A animação realista é um show de tecnologia e o 3D é muito bem feito, natural e sem exageros. Rende uma hora e meia de diversão. Mas o que fica na memória é a velha história do Mickey. A não ser que você seja uma criança que foi levada ao cinema pelos pais e teve pesadelos depois

The Killers debaixo d'água

A chuva não deu trégua, e ao chegar à Chácara do Jockey para assistir ao show do The Killers, fui recebido com uma grande poça de lama. Achei que seria só na entrada, mas ao ver a pista em frente ao palco percebi que não tinha jeito: era torcer pra não pegar leptospirose e afundar o pé na enchente. Durante as duas horas que antecederam o show, fiz um barquinho de papel, vi pessoas caírem na água ou mergulharem de propósito, concurso de camiseta molhada e outras bizarrices. Qualquer organizador sensato teria cancelado ou transferido o show, e se a secretaria de saúde vistoriasse o local provavelmente não teríamos a apresentação. Eu resolvi não pensar nas consequências para minha saúde e deixei o espírito do rock an roll me levar. Eu e mais 12 mil pessoas. O hit Human abriu o show, no mais arrepiante início de show que já presenciei. Bastou a primeira nota para que todos começassem a pular e a água suja que estava quase nos joelhos espirrar até o pescoço. A plateia cantou junto com a ba

Vertigo nº1

Vertigo, o selo de HQs adultas da DC Comics ficou quase um ano ser ser publicado no Brasil. A Panini Comics passou a ser a detentora dos direitos de publicação e já lançou algumas edições. A principal delas é a nova revista mensal que traz no título o nome do selo, Vertigo. Com 132 páginas, e custando R$9,90 traz 5 histórias por edição. Na capa, o clássico Hellblazer , cuja edição 175 é publicada no miolo. John Constantine é uma das personagens símbolo do selo e já teve até um longa-metragem estrelado por Keanu Reeves. Sandman Apresenta: A Tessalíada é a melhor HQ da revista. Traz a história da bruxa Thessaly, e é escrita por Bill Willingham, de Fábulas. A não-tradução do nome da bruxa para Tessália foi polêmica. Eu preferia que o nome fosse usado em português, mas se mudarem a partir da segunda edição vai ficar muito esquisito. As outras 3 histórias são menos conhecidas do público. Lugar Nenhum é baseado no livro homônimo de Neil Gaiman. Passada numa Londres subterrânea,

Onde fica o botão de autodestruição?

9 meses atrás comprei um mpQualquercoisa e passei a usar. Eu já escrevi uma análise do aparelho aqui anteriormente. Ele tinha funcionado bem até 3 semanas atrás, quando a bateria pifou e não consegui recarregá-la nunca mais. Por sorte (ou precaução) o equipamento veio com uma bateria reserva. Um semana atrás, o vibracall estragou. No dia seguinte, o display quebrou (ok, nessa parte eu tive culpa – leia-se montanha-russa). Passados mais dois dias, foi a vez da caixa de som apresentar defeitos. E a função dual-chip também teve problemas. Resolvi comprar um novo aparelho. Creio que se eu utilizasse meu Avio C1000 por mais uma semana ele provavelmente teria explodido no meu bolso. Como avaliação final: não vale a pena investir num aparelho desses. Ele durou 9 meses, o que é pouco pelo preço que investi. Mas se você quiser tentar a sorte, fique à vontade…

Uma porção de rock and roll, por favor

O show que Iggy Pop fez ao lado da banda The Stooges, na última edição do festival Planeta Terra tomou as manchetes dos jornais. Não pela música. O fato de Iggy ter 62 anos e se comportar como um jovem rebelde é um dos motivos. Sem camisa, chegou a mostrar o cofrinho e nem ligou pra isso. O que importava pra ele era fazer um show de rock and roll . O outro motivo: a truculência dos seguranças, que abusaram da força contra o público e a imprensa. Em determinado momento da apresentação, convidou o público a subir no palco. E isso é um convite irrecusável ( experiência própria ). O vídeo abaixo mostra o momento: Esse é o espírito do rock and roll contestador, inconsequente, cheio de atitude. É a música como postura, comportamento, uma expressão cultural. É claro que isso não estava combinado, e a organização acabou gerando uma confusão. Mas tudo que ocorreu serviu pra deixar o show ainda mais histórico e inesquecível. Frases como “Foi o melhor momento da minha vida” e “Eu

Planeta Terra

A primeira grande sacada do Planeta Terra Festival desse ano foi realizar o evento dentro do Playcenter, com os brinquedos à disposição do pessoal. Ótima ideia! Pra melhorar a situação, fui um dos vencedores da promoção do ônibus do Terra, e pude aproveitar o festival do ônibus-camarote. Comecei assistindo ao show instrumental do Macaco Bong. Mas aí o parque começou a me chamar e resolvi brincar um pouco. O show dos Móveis Coloniais de Acaju foi animado como sempre, embora o local ainda estivesse um pouco vazio. Gritei “toca Gregório”, mas não consegui que atendessem o pedido de tocarem uma música com meu nome. Vi o começo da apresentação do Maxïmo Park. Eles devem ser uma espécie de Jota Quest na Inglaterra: músicos competentes, canções cheias de refrões grudentos, presença de palco, carisma, mas nada de revolucionário. No meio do show meu espírito dançante acabou me levando ao palco onde o Copacabana Club tocava. E foi uma boa escolha, pois o show dos curitibanos foi anima

Toca uma música boa, por gentileza

Já estou acostumado. As músicas que gosto não servem para ser tocadas em eventos sociais com mais de 3 pessoas de gosto musical diferente. A não ser quando a festa é em minha casa! No meu último aniversário, uma amiga que queria ouvir sertanejo alegou que a cota dela para música alternativa já tinha estourado no ano. É claro que não dei bola, o aniversário era meu! Ocorre que às vezes as pessoas podem gostar da música, e acabam perguntando o que está tocando. E um fenômeno interessante ocorreu no último fim de semana. A cada música da Banda Gentileza que era tocada na festa em que eu era o anfitrião, alguém me perguntava que banda era aquela. Fiquei empolgado, afinal não é todo dia que aprovam minha seleção musical! Com letras inteligentes, melodias bem trabalhadas, e misturando ritmos, os curitibanos são uma das maiores surpresas e promessas do rock nacional da atualidade. E você pode até não gostar das músicas que ouço, mas pelo menos da Banda Gentileza você vai gostar. Ex

This is It

Talvez o documentário sobre a turnê nunca realizada do Michael Jackson pudesse ter o subtítulo “Apenas para fãs”. This is it reúne imagens gravadas durante os ensaios da turnê que MJ faria em Londres, e já estava com todos os ingressos vendidos. As imagens poderiam muito bem fazer parte dos extras do DVD da turnê, caso ela tivesse ocorrido. Aliás, creio que tenha sido esse o objetivo ao realizarem as gravações. Uma postura interessante do diretor é que o filme não tem nenhuma apelo emocional em torno da morte de Michael. É um documentário atemporal, e tem como grande trunfo mostrar como seria o show, e provar que o astro tinha plenas condições de cantar e dançar. E como essas apresentações estavam cercadas de expectativa, nada mais justo para os fãs terem acesso ao material produzido. É um longa metragem que hoje faz sentido que exista, mas que daqui há uns 5 anos não terá o mesmo impacto. Mas se você começou a gostar do rei do pop depois dessa overdose midiática dos último