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Mostrando postagens de setembro, 2009

Ana Cañas

No último sábado, a Livraria Saraiva do Shopping Ibirapuera proporcionou aos fãs um pocket show e um bate-papo com a cantora Ana Cañas. Exalando carisma e irreverência, Ana Cañas apresentou várias canções do seu mais recente álbum, Hein? , e respondeu a diversas perguntas da plateia. Comentou sobre as parcerias com Arnaldo Antunes, Gilberto Gil e Liminha, sobre o início da carreira, o processo criativo do álbum mais recente e suas principais influências. No primeiro disco eu achava que ela era apenas mais uma cantora de “música de menininha”, mas estava errado. E hoje ela já tem um novo fã. O novo álbum é excelente, com mais pitadas de rock and roll que o trabalho anterior. Sem contar que ao vivo ela tem uma presença cativante e é divertidíssima – além de, é claro, cantar muito bem. Ao final da apresentação, uma sessão de fotos e autógrafos descontraída, como você pode observar nas fotos abaixo: As fotos são do fotógrafo Paulo Guimarães e o álbum completo pode ser visto a

Rain Down (by Radiohead)

Após o memorável show do Radiohead em São Paulo, no dia 22 de março de 2009, o fã Andrews Ferreira Guedis chegou em casa e passou a procurar vídeos da apresentação feitos por fãs. Foi aí que teve início o projeto do DVD Rain Down, nome que faz referência ao trecho da música “Paranoid Android”, que embalou um dos momentos mais emblemáticos do show paulistano. Andrews, por mais de 5 meses, se dedicou ao trabalho de editar os diversos vídeos postados no Youtube e outros sites, juntando assim todo o show. Não entrei com minha câmera no show (era proibido, mas o motivo foi outro) e quando descobri o seu projeto tive pesar por não poder contribuir. E depois de tanto tempo o trabalho finalmente foi disponibilizado para download, no site Rain Down . Poder relembrar o show na TV, com alto nível de detalhes, é uma experiência formidável. Cada vez que revejo o DVD me emociono novamente, e o melhor de tudo é que como ele foi gravado pelo público, a sensação é de estar lá novamente (ex

Playback

Acho (muito) feio bandas tocarem com playback . Principalmente nos programas de televisão. Nos anos 90, quando a aparecer no Gugu ou Faustão era sinônimo de sucesso, as bandas tinham que se sujeitar a esse recurso para tocar nas paradas de sucesso. Me lembro quando o Pato Fu foi ao programa do Gugu. Quem assistia da TV, só via closes ginecológicos das dançarinas e ao final da apresentação Gugu, completamente desinformado, perguntou o óbvio ululante na micro-entrevista que fez. Resultado: a banda, por opção, nunca mais se apresentou fazendo playback em programas de TV. Outra história foi com os Raimundos, no auge do hit “Mulher de Fases”. Estavam em todos os programas, e defendiam o playback : “Essa é a regra deles, se não formos nós fazendo playback serão as bandas de pagode, axé…” Mas a melhor de todas foi da banda inglesa “Muse”, nessa semana. Convidados para apresentar uma música em playback num programa italiano, resolveram brincar (já que não iam tocar). O vocalista e gu

Você já tem o cartão Acme?

Numa grande rede de supermercados, a vendedora me aborda, oferecendo um cartão do supermercado. Deixei claro que só faria o cartão se eu não tivesse nenhum gasto, em nenhum momento da minha vida, relativo à manutenção do cartão. Embora exista uma “taxa de boleto” mensal, se eu não fizer nenhuma compra, não sou cobrado. E só de apresentar o cartão no caixa eu obtenho descontos. Na busca por esses descontos, topei fazer o cartão, com o objetivo de nunca usá-lo para fazer nenhuma compra. - Vamos preencher o cadastro então? - Quanto tempo demora? - Só dez minutos… - Vou terminar minhas compras, antes de passar no caixa eu volto aqui. E eu odeio quando dez minutos duram mais que dez minutos… - E aí, ficou pronto? - Está sendo aprovado. Só mais dez minutos. Meu medo se concretizou: os dez minutos não eram dez minutos! - Vou pagar minha compra e volto aqui . (…) - E agora? - É… Porque… Você não quer passar mais dois telefones de referências de contato? - Se eu qu

Mais uma vez, Ludov

Na última sexta-feira pude assistir a mais um show do Ludov, o meu primeiro da turnê Caligrafia, no Sesc Pompéia. É uma preocupação da banda fazer um show diferente a cada novo lançamento. No encerramento da turnê Disco Paralelo , deixaram claro que seria a última vez que tocariam todas as músicas do álbum em um mesmo show. A base do repertório foi então o Caligrafia, de 2009. As músicas do disco mais recente são mais tranquilas, emotivas, e menos explosivas. Isso poderia deixar o show mais parado, mas não foi o que aconteceu. Tocaram as 12 do disco, mais “O Passado” das músicas bônus. Além de vários outros hits da carreira da banda. Na hora em que tocaram “Reprise”, ocorreu um fenômeno interessante: várias pessoas fizeram coreografias esquisitas. Consequência de um videoclipe com coreografias esquisitas da banda… Mauro Motoki estava muito empolgado com um Toad de brinquedo. O boneco acompanhou o show de cima do amplificador e até “falou” no microfone. Lembrei-me de quando c

Cortando os nomes

Umas das características que mas me chamou a atenção nos paulistas desde que me mudei para o estado é a preguiça que eles tem de falar os nomes inteiros. De cidades e pessoas. Exemplificando, para ficar mais claro: São Paulo é Sampa; quem vai se referir a São José dos Campos fala só “São José”. Guará, Itaquá, Mogi e Pinda não precisavam ter nomes longos como Guaratinguetá, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Pindamonhangaba – porque ninguém os fala mesmo. Difícil “Gregório” não virar “Greg”. “Gabriela” não existe, só “Gabi”. Guilherme é “Gui”, Débora é “Débi”. Thiago vira “Thi”, Leandro é “Lê”. Ô meu, vamo falar os nomes inteiros!

A história de cada um

Aconteceu no ônibus-biblioteca, biblioteca itinerante que circula pelos bairros mais carentes da capital paulista. - Por favor, eu preciso de um comprovante de residência para efetuar seu cadastro. - Eu não tenho. Sou morador de rua. Você confia em mim? - Sim, pode levar o livro. Na semana seguinte, o leitor retorna para devolver o exemplar. - E aí, você gostou do que leu? - Na verdade verdade eu não sei ler. Eu só vejo as figuras e imagino minha própria história. Posso levar mais um?

Velha vida nova

12 horas de ônibus. A cidade que eu tinha conhecido há alguns dias agora seria meu lar. Cheguei, e a corretora não tinha deixado a chave na portaria do apartamento alugado. 8 da manhã, eu ilhado na rua com duas malas enormes. Após um longo tempo de espera, pude entrar na minha nova casa. Vazia. Deixei mais coisas e saí pra comprar uma vassoura – tudo estava muito empoeirado. A próxima prioridade era comprar um colchão – afinal eu não queria dormir no chão. Após muita pesquisa e pechincha nas lojas do centro da cidade, escolhi o monte de espuma que tenho utilizado todas as noites. Voltei de táxi com um colchão no banco de trás. Depois de um almoço na rua, hora de fazer reconhecimento da região. Andei pelas ruas e praças pra me localizar. Tudo isso com um mapinha do Google impresso. Mais tarde, meus novos companheiros de república chegaram. Saímos pra comprar alguns itens de subsistência. O dia terminou com todos sentados no chão, comendo comida fria, e assistindo chuviscos

Coraline

Pra mim não resta dúvida de que Neil Gaiman é um dos melhores escritores de contos de fadas para adultos. Mas esporadicamente, ele escreve para crianças, como é o caso do livro Coraline. Coraline Jones (e não Caroline, como costumam confundir) é filha única e acabou de se mudar para uma enorme residência. Explorando o novo lar, ela encontra uma passagem para outro mundo. Parece clichê, mas diferentemente de Nárnia ou o País das Maravilhas, o mundo secreto de Coraline é ao mesmo tempo sedutor e aterrorizante. A arte sombria de Dave McKean espalhada pelas páginas do livro contribui para o clima perturbador da trama. Recentemente adaptada para o cinema (numa ótima animação em stop-motion ), Coraline é recomendada para quem gosta de crianças em universos fantásticos. Mas não leia durante a noite, pra não ter pesadelos! Leia também: Stardust