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Radiohead e eu (8)

(Ou como foi o show que eu mais esperei pra ver ao vivo)

Domingo, 22 de março de 2009, Just a Fest. Seis e trinta, e tem início o show do Los Hermanos. Escuto o trio de metais tocar os acordes iniciais de Todo Carnaval Tem Seu Fim, mas eu ainda estou do lado de fora, por causa de todo o trânsito e confusão. Dentro da Chácara do Jóquei, já consigo ouvir Primeiro Andar, mas sem enxergar o palco ainda.

Já tinha visto a banda carioca quase uma dezena de vezes ao vivo, e esse foi um dos shows mais mornos. A maior parte do público não estava lá pra vê-los, Marcelo Camelo parecia desanimado e Rodrigo Amarante um pouco mais feliz. Longe da empolgação que tinha nos tempos áureos da banda.

Conseguiram levantar o público mesmo só em músicas como O Vencedor, Além do Que Se Vê e A Flor. Mas foi pouco perto dos grandes espetáculos que já vi do Los Hermanos.

O Kraftwerk fez um show muito interessante. Não é o tipo de música que tenho costume de ouvir, mas aliado a infraestrutura de palco, telões e iluminação, a banda conseguiu fazer um show agradável e curioso. Creio que se o Radiohead não fosse tocar depois, eu apreciaria mais o show dos alemães.

Mas a noite era do Radiohead! 15 step foi a abertura do show, seguida da fantástica There There. Senti um frio na espinha e me dei conta eu realmente estava num show do Radiohead. E parecia que todos os presentes ainda estavam em estado de choque. Foi em Karma Police, a sexta música, que o voz da platéia se fez ouvir em alto e bom som.

O show foi longo, cheio de altos e altos! Um momento bonito foi quando Thom Yorke acompanhado de Jonny Greenwood tocaram Faust Arp no violão. 30 mil pessoas ficaram em silêncio, apenas apreciando e se emocionando. Jigsaw Falling Into Place e Idioteque foram tocadas na sequência, e ninguém foi capaz de ficar parado.

Duas músicas do filme Romeu e Julieta foram tocadas: a desconhecida Talk Show Host, e a, talvez minha preferida, Exit Music (For a Film). Até pensei que fosse chorar, mas meninos não choram e eu resisti.

No primeiro bis, os fãs pareciam que não queriam deixar a música Paranoid Android, de quase 7 minutos, terminar. Continuaram cantando. Thom Yorke acompanhou. Na sequência veio a clássica Fake Plastic Trees, num dos momentos mais belos do show.

No segundo bis, House of Cards apareceu numa nova roupagem. Durante You And Whose Army?, um close olho de Thom Yorke era visto no telão, provocando um misto de tensão e risadas na platéia.

O álbum mais recente, In Rainbows, foi tocado na íntegra, com algumas canções um pouco diferentes do original. Só o primeiro disco não tinha sido lembrado, até o terceiro (!!!) bis, quando tocaram Creep, fechando assim um dos shows mais completos e emocionantes que já assisti. Talvez o maior de todos!

Valeu toda a expectativa, valeu a espera, valeu o dinheiro, valeu a emoção.

Comentários

  1. Anônimo3:39 PM

    Que maravilha gregoriano!! Eu também fui neste show e também relatei a experiência no meu humilde blog. hehe

    Aliás achei o seu blog procurando informações sobre o Sérgio Malandro na UFMG.

    Parabéns meu caro!

    Abraço
    Vital

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